sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Snowmageddon

Para quem já esqueceu todas as antevisões inquestionáveis sobre o aquecimento global, fica aqui uma recente imagem de Chicago, que bateu o recorde de temperatura mínima, anteriormente registado em 1936.
Chicago com - 22ºC, novo recorde para temperatura mais baixa (The Telegraph).
O jornal The Telegraph chama "Snowmageddon" aos mais recentes recordes de queda de neve, e de baixas temperaturas, registados neste final de inverno nos EUA.

Sim, a narrativa mudou, agora por razão das evidências já não se fala tanto em "aquecimento global", fala-se mais em "alterações climáticas", conforme bem notou a Amélia Saavedra no ano passado... alteração climática é também fazer mais frio no Inverno do que no Verão, algo que talvez se pense ser novidade para alguns mais cépticos.

Congeladas as revelações do espião Snowden, temos agora o Snowmageddon para expiar as insinuações climáticas.

Pela velha nova Europa, fazendo jus ao nome, Junkers tentou "esquentar" a narrativa com um mea culpa de ex-junkie do Eurogrupo... mas reconhecimentos de erros que mantêm os errantes, são mais do mesmo. São mais de uma Europa com muitos actores à espera de guião que os desembarace da palhaçada que foram criando. 
Não é preciso questionar a seriedade de Juncker, que ele encarregou-se de explicar
para que nunca haja dúvidas sobre a qualidade da narrativa que nos vai sendo impingida pelos mais respeitáveis dirigentes, comentadores, e em geral, todos os actores que prestam serviço na comunicação social.

No entanto, e seguindo previsões de outra temperatura, parece que vêm mesmo aí "tempos quentes".

8 comentários:

  1. Ora boas..

    Pois, pois... mas olhe que em relação às "Alterações Climáticas"... já li e ouvi que esta coisa dos recordes de frio batem certo com o dito aquecimento global... Pelo que percebi vai ser assim: cada vez mais quente no Verão (tempo mais seco - que pode levar a mais incêndios, secas, erosão, etc.) e mais frio no Inverno (o que irá dificultar as comunicações, sejam elas de que tipo for, e claro, terá óbvias consequências no acesso a bens essenciais como comida, roupa, etc)... O que realmente me assusta é que isto não passe de uma grande desculpa (porque os que vivem deste tipo de "esquentamentos" poluem como todos os outros e ainda estou para ver se as alternativas que apregoam com tanto entusiasmo não terão efeitos ainda mais nefastos quer no ambiente que na nossa saúde!) para diminuir de forma drástica o nº de seres humanos.. mas isto claro sem o devido conhecimento dos mesmos... No mundo mais ocidental, as diversas politicas sociais que foram sendo implementadas a partir das décadas 60/70 tiveram um grande sucesso... A nossa população está a envelhecer, ou seja, mais uns anos (caso não haja entretanto nenhuma alteração) vai diminuir de forma significativa... mas pelos vistos não chega somente ser no mundo ocidental, há que fazê-lo no mundo todo... O que quero mesmo dizer... é que quando a esmola é muita, o santo desconfia... e desconfio muito de toda esta bem intencionada propaganda, perdão, consciencialização ambiental que na prática parece querer incutir uma espécie de "pobres, mas honrados"... Para quem viveu de muito perto a pobreza (a real e não a abstracta que alguns falam e não sabem do que é que estão a falar), isto assusta-me deveras...

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    1. Experimentei ao longo da minha vida invernos rigorosos e verões quentes - nomeadamente o de 1975, que foi quente por diversas razões, uma das quais porque fez mesmo muito calor.

      Um dos principais termómetros, que costumava funcionar, era o do queixume dos agricultores - no inverno por causa da geada, e depois no verão por causa da seca.

      Os incêndios no Verão, ou as cheias no Inverno, foram coisas que me habituei desde criança. Tal como me habituei a apanhar dias de frio e chuva na praia, coisa que não muda, e ainda no Verão passado provei do mesmo.
      Alteração climática bem nossa conhecida, é o Verão de S. Martinho, suficiente para ter ganho nome próprio, mas nem sempre acertar com a data.

      Nem estas situações provam que os invernos estão mais frios, nem os verões estão mais quentes.
      Os invernos não podem estar mais frios, porque a narrativa antes de mudar, devido a estas evidências mais recentes, dizia justamente que toda a temperatura estava a aumentar, inclusive a temperatura dos invernos. Os verões não estão mais quentes, e tal como se registam recordes nuns países de temperatura baixa, noutros se registarem de temperatura alta nada traria de anormal.
      Se não houvesse registo de recordes, então falar-se-ia do perigo da temperatura estar a uniformizar, e de não haver diferenças acentuadas entre as estações... e do perigo que isso traria para... a cultura do nabo!

      O que poderia ser um discurso diferente, e até acho que teria mais pernas para andar, é que sim, já não haveria perigo de aumento de temperatura, porque foram tomadas medidas a tempo. E se repararmos bem, há uma grande diferença de poluição nos veículos que circulam hoje e os que circulavam há 20 anos.

      Eu sou favorável a todo o discurso ambientalista, mas mete-me nojo esta falsificação e especulação feita sob capa científica.
      A grande razão dos acordos de Quioto, e outras leis ambientalistas, deveu-se a uma necessidade de proteger a indústria automóvel mais avançada, e penalizar fortemente toda a industrialização poluente de países em desenvolvimento.

      Assim, a imposição de leis ambientalistas só ocorre para favorecer indústria que tem a tecnologia, contra indústria mais atrasada, que não tem. Nunca se viram tão grandes preocupações com os maiores poluidores - aviões, ou até com os camiões e autocarros.

      Uma conta que não se faz é saber quanto polui a produção de um veículo menos poluente... porque interessa às indústrias continuar a produzir, a poluir, com o pretexto de que vão fazendo coisas mais "amigas do ambiente".
      Assim, a preocupação ambiental cai em cima do cidadão, mas nunca em cima das empresas que fazem as leis a seu belo prazer.

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    2. Acho óptimo que tenham sucesso no esforço de poluir menos, mas que não venham com as habituais ciganices a tentar iludir o pagode, e a falsificar coisas.

      Quanto às contas da população, sempre achei piada a um homem produzir mais espermatozóides do que a população mundial. A média a cada vez são 250 milhões, pelo que ao fim de um mês pode ultrapassar os 7 mil milhões.
      Ora estas contas que a natureza arranjou maneira de fazer sozinha, ainda que possam ter outras justificações, não deixam de ser curiosas.
      É claro que quanto menos pessoas houver, poderá ser melhor para os que ficam... mas se nos lembrarmos dos períodos em que a população foi bem menor, vemos que não foram nem mais calmos, nem mais pacíficos.
      A pior ideia que se está a incutir é o custo da velhice, e uma maior sacralização da vida.
      Por um lado, o custo da velhice é outro negócio que poderá sair caro... porque não é nada claro que as gerações seguintes o queiram suportar. Por outro lado, estamos a entrar numa ideia de que é possível e compensa prolongar a vida, mesmo sem qualidade... o medo da morte está a dominar e condicionar muita gente.
      No fundo, abdicam de viver para poder sobreviver.
      Aquilo que vejo é que é sempre maior a desilusão quando ganham ilusões. A moda agora são os ginásios, as dietas, e mais não sei quantas tretas... e tudo cai, porque tem que cair, só que a queda é maior porque há uma ilusão de rejuvenescimento na meia-idade/pré-velhice, parecendo querer recusar a ordem natural.

      Enfim, se a esperança de vida aumentasse 1 ano a cada ano, seríamos imortais... e ainda que tenha aumentado muito, muito mesmo, o que se verifica é que em nada parece ter mudado o limite máximo, e aí não há recordes. Muitos chegam aos 100, mas poucos passam os 110, e não há certezas que alguém tenha chegado aos 120.

      E, cara Amélia, o maior problema da humanidade são os multimilionários que não se conformam com esse ou outro limite. Transformam a inquietação deles na nossa inquietação, porque precisam de uma solução a qualquer preço... porque para eles tudo tem um preço.

      Abraços

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    3. Grata pelo link... é deveras interessante.
      “The “Real Scientists’” second alleged skeptical error – again attributed to me – is that the difference between modeled and observed temperature change is weather, not climate, the latter being what happens over several decades.”… Ena pá… então isto quer dizer que quando andam com essas noticias dos “recordes”, não estarão também a confundir Meteorologia com Clima? Cum catano, ele há meteorologia e clima… Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa…
      Ah também apreciei os “Real Scientists”… Ele há os verdadeiros e os falsos… Distinguir uns dos outros é que está a tornar-se cada vez mais difícil, digo eu.
      Outra gira: The “Real Scientists’” fourth assertion is that “Yes, There Is a Scientific Consensus”. Pois, nas ditaduras também é costume existir muito esta coisa do consenso geral – ai de alguém que pense diferente.
      Só mais esta: “the scientific consensus that human activities are causing the earth to warm”… Raios partam aos humanos – é acabar com eles, como já ouço por ai dizer com a maior naturalidade. E é isto que mais me assusta – a naturalidade como se diz certas coisas. Se isto não é incitar ao ódio pela nossa simples existência, não sei o que será.
      O restante artigo faz-me questionar seriamente se a Inquisição, comparada com isto, não terá sido uma brincadeira de crianças – é que só falta fazerem fogueiras.

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    4. Pois é, Amélia, a essência das coisas não mudou. Se os clérigos queimaram livros com lavaredas, também hoje se queimam livros doutra forma. Pelo menos, numa boa parte do mundo, já não se recorre à violência física, e há apenas que ser forte com a violência psicológica, que pode ser igualmente poderosa.

      Há uma tolerância com "cientistas", porque é suposto falarem com conhecimento de causa, inacessível aos "não especialistas", mesmo quando muito desse conhecimento é um simples repetir de papagaios.
      Há, de facto, coisas complicadas, dificilmente compreendidas por leigos. Nuns casos, eu diria, a maioria das vezes, é apenas porque a comunidade se refugiou nessa complexificação desnecessária, mas que protege aquele saber próprio. Noutros casos, as coisas podem ser mesmo muito complicadas, mas normalmente não interessam aos leigos.
      O caso da metereologia é intrinsecamente complicado, pela sua imprevisibilidade.
      Os modelos que existem baseiam-se nas imagens de satélite, e na simples observação previsível da movimentação dos anticiclones, depressões, etc... conforme víamos na RTP em pequenos, e é claro que algumas deslocações dessas massas de ar eram previsíveis.
      Foi esse o sucesso mais recente, tornar melhores essas previsões "óbvias", feitas a olho. Por isso, consegue-se boa certeza no prazo de uns dias e não mais que isso.
      O resto é especulação com bases de dados, no sentido em que uma situação semelhante no passado deve dar a mesma coisa no presente... e como não é sempre assim, porque o fenómeno é caótico, erram que nem tordos. É claro que quanto mais forem juntando na base de dados, melhor fica a previsão, mas não melhora muito, porque a natureza caótica produz sempre diversas possibilidades. Aliás, é escusado tentarem prever a formação de tornados, ou mesmo de furacões... o que sabem é o que toda gente sabe - que pode ocorrer, e nuns sítios mais que noutros. Depois isso é pintado com uma justificação física, mas não adianta muito ao problema.

      De concreto, não há muito mais que isso... tudo o resto é especulação, mesmo a previsões locais. A maior escala temporal, sabem que no inverno faz frio e no verão faz calor... mas quem é que não sabe isso?
      Quando passamos de um ano para o outro, não sabem rigorosamente nada.
      Se alguém tentar prever a diferença de temperaturas deste ano para o próximo, vai errar em todos os dias, para aí com a mesma probabilidade de acertar que tem no Euromilhões.
      É claro que há quem acerta no Euromilhões, mas isso dá-lhe algum conhecimento especial para o jogo seguinte?
      Pois não, o mesmo se passa com esta metereologia. No entanto, há sempre "vencedores auto-instituídos", e mesmo que nunca tenham acertado em nada, vendem livros a ensinar como ganhar no jogo. Não ganham no jogo, mas ganham o dinheiro da venda dos livros...
      Vão continuar a errar, e a dizer que estão certos.
      Os factos contrários não interessam, os factos a seu favor são empolados... e basta isso para manter uma narrativa, porque há interesse económico, há interesse de reputações, etc... havia muitos interesses nessa narrativa.
      Porém, à gente comum basta fazer uma coisa - só achar estranho o clima quando nevar durante a maior parte do Verão, e fazer calor durante todo o Inverno... então nesse caso talvez tenham mudado as estações - o que também não seria provavelmente nada de inédito na História da Terra.

      Abraços.

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  2. Boa noite,

    Raro ler-lhe algo que lhe meta "nojo", e há de quê, pois pior que aviões e nabos a verem carros passar é o metano das vacas, o maior produtor de gás a efeito de serra, mas vá-se lá dizer aos nabos de comerem menos carne...

    São tantos os factores que alteram as estações, pouco se conhece sobre o planeta Terra para se afirmar que está a aquecer ou arrefecer, real é o deslocamento dum paralelo para sul do clima frio do norte.

    Re: "No entanto, e seguindo previsões de outra temperatura, parece que vêm mesmo aí "tempos quentes"

    https://alertswiss.ch/fr/infos-conseils/plan-durgence/

    Re: "Para quem viveu de muito perto a pobreza (a real e não a abstracta que alguns falam e não sabem do que é que estão a falar), isto assusta-me deveras..."

    Para quem nasceu com colher de prata na boca e tudo lhe roubam aos 14 anos de idade e sobrevive honradamente vê impérios desaparecerem e a ficção científica se tornar realidade já nada me assusta, nem espanta, diziam "isso só acontecerá quando as galhinhas tiverem dentes", pois mas já os tiveram, quem diria há 10 anos haver água sem ser na Terra e bactérias ET's nos astróides carregados de gelo? Quem diria a hoje Einstein errado que o Big Bang nunca existiu? Como se explicará num futuro próximo as nossas dúvidas receios e descobertas aos nossos descendentes, isso sim assusta-me mais do que passar de rico a pobre, de frio a quente.

    (...) Nos próximos séculos, os futuros historiados poderão ser confrontados com um deserto digital só comparado com o período da Idade Média na Europa, que ficou conhecido como a "idade das trevas".
    "Nos próximos séculos irão interrogar-se sobre nós, mas terão grande dificuldade em encontrar respostas porque a maior parte dos registos que deixaremos para trás tornar-se-ão indecifráveis," avisa Cerf.
    Ler mais: http://visao.sapo.pt/pai-da-internet-avisa-que-e-melhor-imprimir-fotos-para-nao-as-perder-para-sempre=f810223#ixzz3RfYN37TM

    Cpts.
    José Manuel CH-GE

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    1. Caro José Manuel,
      pedindo desculpa por este enorme atraso na resposta... porque por vezes é preciso dar mais atenção a outras coisas, agradeço o comentário.

      Tem razão, "nojo" talvez pareça uma palavra exagerada, mas aqui volto a Seneca:
      Errare humanum est, perseverare autem diabolicum.
      ou seja
      Errar é humano, manter o erro é diabólico.

      Só se divulga a primeira parte da frase de Seneca, mas a segunda parte é tão importante quanto a primeira.

      Por isso, a mim não causa nenhum problema o erro, mas já me causa algum transtorno a persistência no erro, especialmente se não se deve a nenhum burro teimoso, mas sim, como Seneca a dirige, a gente de índole "diabólica".
      É essa parte que me mete nojo... porque a corrupção confunde-se com incompetência, e quem sabe do erro e persiste nele, só faz porque o pode fazer, e com essa potência pretende arrastar tudo e todos para a sua perdição na falsidade, uma falsidade que lhe convém. Aqui convém a muitos persistir no erro, e não apenas a quem lucra com isso do ponto de vista económico... também a quem pretende "lucrar" com isso para manter incólume a sua reputação científica.

      Abraços.

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