sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Luzes sísmicas

No sismo da passada semana, na Nova Zelândia, foi notícia difundida o aparecimento de luzes sob os céus de Christchurch.
Mysterious green and blue flashes appeared as New Zealand earthquake struck
(metro.co.uk 2016/11/14)
Curiosamente, do Sismo de 28 de Fevereiro de 1969 (ocorrido às 2h40m UTC, ou 3h40m na hora nacional?), poderá ter havido registo de luzes no céu. Sendo criança pequena à época, tenho uma memória difusa de que ao sair de casa havia uma luz no horizonte, semelhante a esta da Nova Zelândia... algo que li em outros relatos
"Pode não estar associado mas se perguntares a muitos dos algarvios da orla costeira, todos afirmam o mesmo, tempo abafado, os roncos vindos do mar e a cor esquisita do céu.
Isto sendo resposta a alguém que duvidava da mudança de cor no céu, e que por acaso eu sempre tinha associado a ser próximo da alvorada, mas será algo excluído, com o sismo às 3h40m da manhã.

O fenómeno terá sido bem observado durante o sismo de L'Aquila em 2009, e em muitos outros, conforme artigos na wikipedia (inglesa ou francesa).
No caso do sismo de Fukushima de 2011, o fenómeno foi até associado ao efeito HAARP, algo que terá induzido um maior cepticismo, ao ponto de muitos rejeitarem este tipo de observações, mesmo havendo um registo fotografias de longa data. Continua a ser bastante fácil considerar apenas as observações que são "politicamente correctas".

Porém, o fenómeno é de um modo geral aceite e já levou a diversas hipóteses (artigo BBC), que dizem respeito não apenas a luzes no céu, mas também a outro tipo de luzes, nomeadamente as que se enquadram nos chamados raios globulares, com registo pré-histórico.

O que me parece mais natural, ainda que precisasse de outros dados para sustentar isso como hipótese, é que a vibração do solo por efeito do terramoto, induzindo também uma vibração da atmosfera, permita a observação de raios em alta atmosfera, ou troposfera, quer podendo antecipar luzes da manhã, quer ver luzes da troposfera, normalmente só vistas nos pólos, ou círculos polares, pelo fenómeno das auroras (boreais ou austrais).

sábado, 12 de novembro de 2016

A guiar da beira em inversão

Sintoma notório de insanidade social, é termos meia-dúzia de jornalistas e advogados com medo de serem mortos pela polícia... quando estão fechados numa casa com o suposto homicida e psicopata mais perigoso do país!
Independentemente das histórias construídas, desde a história do próprio, à anterior história do "psicopata", que psiquiatras de serviço então asseguravam «É um indivíduo que, mesmo encurralado, não se irá entregar e que, sem capacidade para ter um filtro, não vai parar de fugir ou mesmo de cometer novos crimes se preciso for para escapar», já parece que o nível de credibilidade das histórias, anda tanto pelas ruas da amargura, que nenhuma consistência na narrativa interessa. Pergunta-se, e quem faz a avaliação psiquiátrica, dos psiquiatras?
O espaço dos opinadores profissionais, mediáticos, é um espaço onde se podem dizer todos os disparates hoje, que amanhã não interessa, porque todos se esqueceram, e ninguém é culpabilizado por ter feito uma avaliação errada, simplória, mal intencionada ou bacoca.
Assim que se cria a ideia de que a resposta natural de uma corporação policial à morte de um agente, é procurar o primeiro suspeito a tiro, está o passo dado para gastos de recursos, medo nas populações, e inviabilizar a solução mais simples - aguardar que o suspeito se entregue. Tal como será óbvio que se a justiça usar a já habitual inversão do ónus da prova, alinhando na narrativa conveniente, que é mantida a todo o custo, mais fará para que ninguém se entregue.

Como se não bastasse este exemplo, vemos também o estado de negação mediático que foi induzido a nível mundial contra a eleição de Donald Trump, quando haveria mais que razões para antever a sua vitória como provável. No entanto, como chegámos ao ponto de ser politicamente incorrecto desconstruir uma história idealizada e fabricada no circo mediático, surge a necessidade de alimentá-la até ao fim, quando a realidade torna a negação impossível. Algo semelhante terá acontecido com o Brexit, ou até com a eleição do Syriza... tudo encarado como improvável, até que aconteceu. E não é problema de sondagens, ou populismo, é simplesmente tentar tapar o Sol com as peneiras. 

Não se trata de simpatizar com personagens duvidosos, em histórias completamente diferentes, mas simplesmente de ver uma semelhança de comportamento mediático, em ímpetos quase imparáveis, de alimentar uma narrativa conveniente na opinião pública, até à exaustão, até ao ponto de parecer insano quem ousar dizer o contrário, quem ousar questionar o politicamente correcto, por mais evidente que a coisa se vá tornando. E invariavelmente, mesmo errando todas as análises e todas as previsões, estes Zandingas ou Mayas mediáticas, continuam a ocupar o seu espaço de insanidade corporativa, a alimentar contradições, como se não tivessem sido apanhados vezes sem conta a manipular opiniões públicas, sem qualquer base factual.

Nesse mundo idealizado, Zeinal Bava é um gestor de sucesso, o BES um banco sólido, o Syriza nunca ganhará eleições na Grécia, a Inglaterra mantém-se fiel à UE, este Verão de S. Martinho está a ser escaldante, Hillary Clinton terá cilindrado Trump nas eleições, e os jornalistas e advogados do psicopata de Aguiar da Beira foram todos chacinados. Se nada disto corresponder à realidade que vê, pois será tempo de mudar de canal.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Nebulosidades auditivas (44)

The Lady is a Tramp - Frank Sinatra
ou ainda 
Lady and the Tramp (Dama e o Vagabundo)
ou ainda, os mass media e a construção do desconcertante,
Trump vs Hillary: Hilariante
 a desconstrução do politicamente correcto.